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Saúde mental: como viver com leveza no século mais ansioso e depressivo.

A saúde mental tem se tornado pauta cada vez mais importante em nossa sociedade. Com os avanços da medicina e psiquiatria nas últimas décadas, é possível observar um aumento nos diagnósticos, por exemplo, de depressão e ansiedade, que antes eram negligenciados. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 322 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão, enquanto a ansiedade afeta cerca de 264 milhões.


A pandemia do coronavírus só intensificou essa situação, visto que a necessidade de isolamento social e a incerteza do futuro deixaram muitas pessoas ansiosas e deprimidas. Uma pesquisa realizada pela Fiocruz em 2020 mostrou que 40,3% dos brasileiros tiveram sintomas de ansiedade e 38,7% de depressão durante o período de reclusão.


Além disso, no atual cenário globalizado e tecnológico, é significativamente mais fácil encontrar informações sobre o tema, o que leva muitas pessoas a se autodiagnosticar e, assim, tornar o assunto ainda mais popular nas redes. No Twitter e no TikTok, é possível encontrar milhares de posts sobre ansiedade, depressão e até mesmo outras condições que ganharam mais visibilidade nos últimos anos, como o borderline e o autismo.


Mulher deitada e olhando o celular

Com a tendência, precisamos aprender a viver de forma mais leve, cuidando de nossa saúde mental. Neste artigo, vamos abordar formas de viver com mais tranquilidade mesmo em meio às adversidades. Vamos lá?


O básico que funciona

Nós sabemos, você deve estar cansado de ler que praticar atividades físicas e cuidar da alimentação são as melhores formas de manter a saúde mental (e física) em dia. Mas há um motivo para isso: é a mais pura verdade.


De acordo com a pesquisa realizada por Cohen et al. em 2007, exercícios físicos ajudam a reduzir sintomas de ansiedade e depressão em até 30%. Além disso, um estudo liderado por Gonzalez et al. em 2016, comprovou que pessoas que seguem uma dieta balanceada têm um risco 33% menor de desenvolver depressão. Entrevistas com pessoas que adotam esses hábitos reforçam essa relação. Por fim, a OMS ressalta que esses hábitos devem ser incentivados e adotados como medidas preventivas.


Também é essencial consultar com um médico especialista, psiquiatra e/ou psicólogo para acessar o tratamento adequado ao seu caso. Lembre-se que cada paciente demanda uma intervenção diferente, podendo ser necessário tratamento medicamentoso.


Portanto, não negligencie os cuidados e hábitos básicos do dia a dia. Tenha uma alimentação rica em nutrientes, fibras e produtos naturais, evite os industrializados, pratique atividades físicas do seu agrado regularmente e realize acompanhamento profissional.


Novos hábitos e tendências para cuidar da saúde mental

Nos últimos anos, têm surgido diversas novas tendências e abordagens para cuidar da saúde mental, que podem ser uma boa alternativa para diversas pessoas.


Uma delas é a terapia online, que ganhou ainda mais adeptos durante o isolamento social. Para os pacientes, os benefícios são simples: não precisar se deslocar até o local de atendimento, redução de custos com transporte, possibilidade de maior adequação de horários e, claro, encontrar profissionais alinhados aos seus valores e interesses, mesmo que estejam a quilômetros de distância.


Mulher olhando para computador

Além disso, a prática de mindfulness, que consiste em estar presente no momento presente e prestar atenção nas sensações corporais, tem sido amplamente estudada e utilizada como uma técnica eficaz para reduzir o estresse e a ansiedade. Para praticar, tente: relaxar os músculos faciais e corporais, fechar os olhos, ouvir com atenção os sons e, depois, visualizar detalhes, aromas e texturas do ambiente.


mindfulness

Por fim, utilize a internet a seu favor! Há diversos aplicativos e vídeos de meditação guiada disponíveis gratuitamente na web, comece a praticar e veja como se sente. Ou, se preferir, você pode contratar um professor virtual para te guiar nessa jornada. Só não se esqueça de desligar os aparelhos e aproveitar alguns momentos offline, ok? A internet é uma aliada, mas quando usada sem cuidado, pode provocar comparações maléficas, exposição excessiva a opiniões e sintomas de ansiedade.



Referências

American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.


Cohen, S., Janicki-Deverts, D., & Miller, G. E. (2007).

Psychological stress and disease. Journal of the American Medical Association, 298(14), 1685-1687.


Gonzalez, J. S., Tanenbaum, M. L., Commissariat, P. V., Fagot-Campagna, A., & West, D. S. (2016). Psychosocial factors in medication adherence and diabetes self-management: implications for research and practice. American Psychologist, 71(7), 539-551.


National Institute of Mental Health. (2017). Depression. Retrieved from <https://www.nimh.nih.gov/health/topics/depression/index.shtml>


World Health Organization. (2017). Depression and other common mental disorders: global health estimates. Geneva, Switzerland: Author.




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